Atps Antropologia Vitoria
Filmado na comunidade da Costa da Lagoa na Ilha de Florianópolis, Santa Catarina, Brasil, o filme relata a história de Maria de Lurdes Gomes Azevedo Ramos, Malu, uma antropóloga que vai até a comunidade com a intenção de realizar sua pesquisa para o doutorado na área de etnobotânica ( ciência, que estuda simultaneamente as contribuições da botânica e da etnologia, evidenciando as interações entre as sociedades humanas e plantas como sistemas dinâmicos, também consiste no estudo das aplicações e dos usos tradicionais dos vegetais pelo homem na área medicinal).
Chegando lá Malu precisar conviver com os cidadãos locais para entender o uso das ervas como forma de tratamento de algumas patologias. A comunidade que é de descendência açoriana acredita muito no uso da flora local como remédio e ainda hoje muitos dispensam um médico tradicional e preferem os cuidados das benzedeiras, muito antigas no local. Para a conclusão e o sucesso da sua pesquisa a antropóloga passa a residir na comunidade afim de viver a rotina do local e ter a confiança dos moradores da comunidade para que contem a ela sobre suas crenças e o suposto poder de suas ervas e rituais. Entre esses moradores Malu conhece dona Ritinha, uma das mais antigas curandeiras do local e também a mais popular entre os moradores. Dona Ritinha explica a Malu como funciona o uso dessas plantas e com a fé é parte importante no tratamento, porque segundo dona Ritinha, “sem a fé as plantas têm menos poder”.
A fé passa ser então outro tema importante do filme, Malu conhece Carolina, uma menina muito doente que seguidamente é submetida aos cuidados de Dona Ritinha, que acredita que a doença da menina ‘é doença da alma”. A antropóloga se vê inserida em uma história de fé e crenças, que apesar de não serem parte de sua pesquisa, a comove e envolve muito.
O filme consegue relatar com facilidade a rotina de um antropólogo e o quanto a vivencia com a comunidade é importante para compreende- lá, Malu faz visitas