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Triste Fim de Policarpo Quaresma

O romance descreve a trajetória de vida de um personagem simpático, honesto e muito diferente para a época, Policarpo Quaresma. Policarpo era um nacionalista incansável, sempre disposto a qualquer ação para promover a cultura e os costumes que considerava puramente brasileiros, por esse motivo se tornou um estudioso de livros e da língua tupi-guarani – dois fatos muito criticados naquela sociedade onde apenas doutores liam e estudavam e o tupi-guarani já havia sido esquecido.
Relatando as tentativas frutadas de Policarpo para desenvolver ações nacionalistas – tentou aprender tocar violão, integrar novamente o tupi-guarani na cultura brasileira, plantar para provar que as terras brasileiras eram as mais produtivas, se envolveu em conflitos político acreditando estar lutando por um governo justo e promissor – a história se alterna entre o cômico e o crítico.
No decorrer da história muitas outras vidas são relatadas paralelamente à de Policarpo, deixando ainda mais evidente os preconceitos, a banalidade e o jogo de interesses daquele período do século passado:
“Uma época em que em que, para as mulheres, o casamento ainda era a prioridade, uma cobrança incansável imposta pela da sociedade. Casamento era obrigatório, um jogo de interesses, quase sempre não envolvia sentimentos e sim uma papel a se cumprir. A escravidão já há muito tempo estava abolida, porém os preconceitos com os negros e com qualquer tipo de comportamento que remetesse a eles, ainda era muito forte. Exemplo disso na história de Policarpo foi o violão, instrumento que tentou aprender a manusear, sem sucesso, para manter a origem da cultura de sua terra”.
Os conflitos políticos, a corrupção e o descaso do governo é muito abordada neste romance. Críticas sobre a preguiça e desonestidade e a ineficiências de personagens políticos acontecem com mais evidencia na última parte do livro.
Com uma linguagem informal e descontraída, Lima Barreto encheu suas páginas com