Karl marx
A obra de Karl Marx, “Para uma crítica da economia política” está dividido em quatro partes: - 1. Produção; 2. A Relação Geral da Produção com a Distribuição, Troca e Consumo; 3. O Método da Economia Política; 4. Produção, Meios de Produção e Relações de Produção. Relações de Produção e Relações Comerciais. Formas de Estado e de Consciência em relação com as Relações de Produção e de Comércio. Relações Jurídicas. Relações Familiares.
A primeira parte, denominada por Marx de Produção. Nela o autor evidencia as categorias básicas do materialismo histórico dialético que darão sustentação metodológica para os seus estudos de Economia Política.
Nesta parte elabora uma crítica teórica à Economia Política Clássica, representada por Smith e Ricardo, e a obras como O Contrato Social, de Rousseau. Marx salienta uma essencial diferença entre a sua concepção e as anteriormente citadas. Para Marx, eles cometeram um erro fundamental ao se apoiarem nas "aparências", quando não entendem o indivíduo na sociedade como um resultado histórico – porque e o consideram como um indivíduo conforme à natureza -, dentro da representação que tinham de natureza humana; que não se originou historicamente, mas foi posto como tal pela natureza. Esta ilusão tem sido partilhada por todas as épocas até o presente.
Nesta Sociedade de livre concorrência, cada individuo aparece desligado dos laços naturais, etc., que, em épocas históricas anteriores, faziam dele parte integrante de um conglomerado humano determinado e circunscrito. Quanto mais recuamos na historia, mais o individuo – e, portanto o produtor individual –[...], O homem é um animal político, não simplesmente um animal social, é também um animal que só na sociedade se pode individualizar.
[....] quando falamos de produção, trata-se da produção num determinado nível de desenvolvimento social, trata-se da produção de indivíduos que vivem em sociedade. A produção é sempre apropriação da natureza