Atividade Word 13
Setor industrial, que terá que reduzir consumo em 30%, afirma que medida não será eficiente
PUBLICADO EM 10/04/15 - 03h00
ANGÉLICA DINIZ ESPECIAL PARA O TEMPO
Desde ontem, conforme antecipou O TEMPO, o uso da água está restrito nos reservatórios dos sistemas Rio Manso, Vargem das Flores e Serra Azul, que abastecem a região metropolitana de Belo Horizonte. O decreto foi publicado ontem no “Diário Oficial do Estado”. A medida é uma determinação das portarias nº 13, 14 e 15, do Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam), que estabelecem o estado de escassez hídrica nesses locais. Junto ao decreto, o órgão estadual divulgou a relação das empresas e outros usuários que detêm licença para captar água nos reservatórios e que terão que reduzir o uso da água em 20%, 25% e 30% para consumo humano, irrigação e indústrias, respectivamente.
Serão afetadas 26 outorgas nos reservatórios da região, sendo 18 autorizações para uso da água no rio Manso, cinco para o Serra Azul e apenas três no Vargem das Flores. Na lista de usuários estão mineradoras, construtoras, residências e a Copasa, que, sozinha, detém sete outorgas nos três reservatórios, de onde retira a água para distribuir aos clientes.
O número de licenças que terão que reduzir o consumo foi considerado baixo pelo setor industrial. “Temos alguns questionamentos e um deles é a quantidade de concessões. É no mínimo estranho que Vargem das Flores, por exemplo, tenha só três outorgas”, disse o gerente de Meio Ambiente da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), Wagner Soares Costa.
Para ele, além dessas três, devem haver muitas outras captações irregulares, que utilizam a água sem qualquer restrição. Assim, a redução de 30% da captação para empresas que constam na lista fará pouca diferença na recuperação do nível dos reservatórios. “O ônus é só para quem está listado”, afirmou. Costa explica que no sistema Rio Manso, todas as empresas juntas