atividade antioxidate
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INTRODUÇÃOA utilização de plantas com fins medicinais para tratamento, cura e prevenção de doenças, é uma das mais antigas formas de prática medicinal da humanidade. Apesar dos grandes avanços observados na medicina moderna nas últimas décadas, as plantas continuam sendo utilizadas e estima-se que 25 a 30% de todas as drogas avaliadas como agentes terapêuticos são derivadas de produtos naturais (Newman & Cragg, 2007). Entretanto, devido à infinidade de espécies vegetais e de substâncias químicas existentes na natureza, não é aconselhável que esses estudos sejam realizados de maneira randômica, pois demandaria muito tempo e as chances de sucesso seriam remotas. Uma abordagem de bioprospecção que tem fornecido resultados promissores é a que se baseia em estudos etnofarmacológicos. Essa abordagem direciona as pesquisas farmacológicas para plantas que já vêm sendo utilizadas popularmente em tratamentos medicinais (Santos, 2006).
Nesse contexto, encontra-se a espécie Mucuna pruriens (L.) DC. (Fabaceae), cujas sementes apresentam propriedades biológicas amplamente estudadas pela medicina tradicional indiana, denominada Ayurveda, bastante difundida pelo mundo (Smit et al., 1995). Essa espécie de feijão é nativa de regiões tropicais, especialmente Índia, África e Ilhas do Pacífico (Rajeshwar et al., 2005). No Brasil, ocorre principalmente nas regiões da Amazônia, Cerrado e Mata Atlântica, sendo conhecida popularmente como café berão e pó de mico (Tozzi et al., 2005). Historicamente, as sementes de M. pruriens são utilizadas no tratamento de desordens nervosas, mentais e do aparelho reprodutor, bem como depressão e infertilidade masculina (Tripathi & Upadhyay, 2002). Alguns estudos demonstraram potencial atividade antioxidante de extratos alcoólicos de sementes de M. pruriens(Tripathi & Upadhyay, 2002; Rajeshwar et at., 2005; Longhi, 2007). Porém, poucas informações sobre a composição química e atividade farmacológica das folhas dessa espécie são descritas na