Aterro
2.1. Aterro Sanitário
Em se tratando das alternativas de disposição final do lixo, (Consoni et al. 2000) afirmam que o aterro sanitário é o que reúne as maiores vantagens, considerando a redução dos impactos ocasionados pelo descarte dos resíduos sólidos urbanos.
O aterro sanitário, segundo a norma ABNT NBR 8419/1984, é “uma técnica de disposição de resíduos sólidos urbanos no solo sem causar danos à saúde pública e à sua segurança, minimizando os impactos ambientais, método este que utiliza princípios de engenharia para confinar os resíduos sólidos à menor área possível e reduzi- los ao menor volume permissível, cobrindo-os com uma camada de terra na conclusão de cada jornada de trabalho, ou a intervalos menores, se for necessário”.
Para a apresentação de projeto de aterro sanitário, a referida norma técnica da ABNT deve ser plenamente atendida, contemplando, além dos dados populacionais e estimativas de crescimento, as características dos resíduos sólidos urbanos produzidos, os componentes operacionais e os aspectos geoambientais do meio físico para escolha de uma área adequada de implantação. Os componentes principais do projeto devem contemplar: drenagem e impermeabilização da base, drenagem e tratamento de líquidos percolados, cobertura diária e final dos resíduos, drenagem e tratamento (queima e/ou uso) do biogás, drenagem de águas pluviais e monitoramento ambiental, geotécnico e operacional.
Os aterros sanitários são obras peculiares da engenharia civil, tendo em vista que a sua vida útil coincide com o tempo da própria execução, ao contrário de outros empreendimentos e obras em que se estabelece uma determinada vida útil após a construção. ( Filho, Prado. , et al 2007) Porém, como em qualquer obra de engenharia, os trabalhos de execução do aterro sanitário devem observar o planejamento e a operação, definidos no projeto, sob pena de inviabilização técnica e ambiental do empreendimento.