Aterramento em Torres
JOSÉ OSVALDO SALDANHA PAULINO-EEUFMG
OUTUBRO 1993
SUMÁRIO
Introdução
1-A descarga atmosférica
2-A torre e a descarga
2.1-Tensões induzidas por descargas laterais
2.2-Descargas diretas
3-A malha de aterramento
3.1-O valor da resistência
3.2-O desenho da malha - equipotenciais
3.3-Tratamento químico
3.4-O material da malha
4-O pára-raios
5-O cabo de descida
6-A proteção do equipamento
6.1-A blindagem eletromagnética
6.2-Os protetores
6.3-O arranjo da fiação
7-A proteção do cabo de áudio
8-Proposta de critérios para projeto de malhas
8.1-Estatística de valores de resistividade do solo em Minas Gerais
8.2-O valor da resistência da malha de aterramento
8.3-Malha de aterramento proposta
9-Aterramento do protetor do telefone
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Introdução
A utilização de torres em altos de morros com o objetivo de propiciar meios para telecomunicações é uma prática usual e que tende a aumentar. Hoje são utilizadas torres para microondas, para telefonia celular, para rádios monocanal, etc.
Devido a sua localização elevada geralmente tais torres são bastante expostas aos efeitos das descargas atmosféricas, sejam descargas que caem diretamente na torre, quanto descargas que caem nas proximidades.
Para se minimizar os efeitos destas descargas é usual se projetar e instalar uma boa malha de aterramento na base da torre na tentativa de se propiciar um caminho preferencial para as correntes de descarga atmosférica e assim garantir uma proteção eficaz para os equipamentos e para o pessoal que transita no local.
A definição de uma boa malha de aterramento é feita geralmente a partir do valor da resistência da malha medida em baixa frequencia. A maioria das companhias brasileiras considera que se a malha tiver um valor de resistência abaixo de um valor normalizado a malha está boa.
Tentaremos mostrar neste estudo que tal critério não é suficiente além de que muitas vezes é impossível se atingir os