Atenção Farmacêutica para gestantes portadoras de HIV/AIDS
Estima-se que no Brasil, mais de 17 mil gestantes infectadas pelo HIV dão à luz todos os anos, no entanto, apenas cerca de sete mil mulheres recebem profilaxia com antirretroviral (ARV) durante o pré-natal (Falci, Bay, 2006).
A transmissão materno-infantil do HIV continua a ser o principal caminho de infecção do recém-nascido, um fato que é responsável por mais de 90% dos casos notificados de síndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS) nesta população (Castro et al., 2001; Falci, Bay, 2006; Sbalqueiro . et al, 2004; Yoshimoto, Diniz, Vaz, 2005).
Até 2005 junho, 370.499 casos de infecção por HIV / AIDS havia sido relatada no Brasil, sendo 118.520 em mulheres (31,9%) (Romanelli et al., 2006). Devido a este crescimento progressivo do número de casos de AIDS entre as mulheres, principalmente em mulheres em idade reprodutiva, a transmissão vertical (VT) está assumindo grande importância epidemiológica (Brito et al., 2006; Cavalcante et al., 2004; Lemos, Gurgel, Fabbro, 2005 ; Romanelli et al., 2006).
Devido à gravidade da infecção e tendo em conta a possibilidade de uma diminuição VT, torna-se importante o acesso das gestantes a um Serviço de Assistência Farmacêutica, durante o uso de ARV na fase pré-natal (Sbalqueiro et al. , 2004). Neste tipo de serviço especializado, o farmacêutico passa a acompanhar melhor o paciente, sabendo não só a medicação utilizada, mas também a forma como o paciente utiliza, além de obter informações sobre os sentimentos pessoais do paciente, respeitando o tratamento e respectivo problema de saúde. Na prática, o farmacêutico, de uma forma organizada, recolhe e avalia informação a respeito do paciente, incluindo a identificação de possíveis problemas relacionados ao uso de medicamentos, que são conhecidos como Problemas Relacionados a Medicamentos (DRP). Uma vez identificado um problema, o farmacêutico procura por uma solução, formula, e põe em prática