ATD1
Atividade: ATD1
Disciplina: História da Filosofia Grega I
Curso: Licenciatura em Filosofia
Sobre a origem do teatro grego
Sobre a Tragédia Grega, podemos dizer que ela surge durante o governo de Pisístrato, ditador de Atenas entre aproximadamente 560 e 527 a.C. (Silva, p. 31)1. Por meio de medidas populistas, como a concessão de empréstimos a camponeses, e tornando os festivais de Dionísio um evento do Estado, o tirano buscava apoio popular para seu governo, contra o “exclusivismo das famílias nobres de Atenas” (p. 31 – 32), reforçando, assim, sua autoridade. É neste contexto que nascem os concursos trágicos, em estreita ligação com culto de Dionísio, “cenário intelectual para o desenvolvimento do enredo trágico” (p. 34).
A expansão popular empreendida pelos tiranos irá refletir-se no próprio tema das tragédias, em temas como “paz, guerra e justiça” (p. 34). A partir da vida e feitos dos heróis homéricos, questões da polis eram postas em debate (p. 36), visto que os personagens defendiam pontos contraditórios, em um debate explícito sobre os valores desta nova Atenas do século V a. C. Podemos citar como exemplo a tragédia Os Persas, de Ésquilo, na qual se sublinha que o poder não é definido nas mãos de um homem, mas na lei (p. 37). Torna-se também sensível, pois muitos daqueles que a nova Atenas tentava inserir em sua comunidade, como artesãos e camponeses, lutaram esta guerra. Já na Antígona, de Sófocles, “os valores da cidade democrática e considerações sobre o poder são postos em evidência” (p. 41) na medida em que expõe uma estranha situação para o grego: uma lei imposta por um único personagem, sem debate, sem discussão. Neste sentido, a Tragédia toca a convivência do homem com outros homens. Está vinculada a política. Em outro (p. 38) sonda o lugar do humano, seus limites perante o divino. Esta ligação estreita entre a Tragédia e a política retratava-se em todos os pontos do festival, não apenas nos enredos. Até mesmo o