ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NO PRÉ-NATAL E A INCIDÊNCIA DE SÍFILIS CONGÊNITA: REVISÃO DE LITERATURA
INTRODUÇÃO
A sífilis é uma doença de evolução crônica sexualmente transmissível, causada pela bactéria Treponema Pallidum, na grande maioria dos casos ocorre por transmissão em relações sexuais desprotegidas; Porém, sua transmissão também pode ocorrer de mãe para o filho durante a gestação, o que se denomina de transmissão vertical da sífilis, resultando na sífilis congênita e seus agravos aos neonatos (ALMEIDA et al, 2009).
A sífilis congênita é um problema de saúde publica de muita importância por ocorrer complicações para a gestante e seu concepto. Podendo haver abortos, natimortos, recém-nascidos prematuros, infectados pela doença ou assintomáticos. A transmissão vertical pode acontecer em qualquer momento da gestação, porém, quanto mais recente for à infecção maior será o risco de contaminação fetal (SILVA et al, 2010).
A equipe de enfermagem possui um importante papel na assistência pré-natal captação precoce das gestantes para o inicio do pré-natal, realização de consultas respeitando o número mínimo preconizado pelo Ministério da Saúde de 6 consultas com atenção integral e qualificada e realização de exames laboratoriais (VDRL) na 1ª e 28ª semana de gestação e no momento do parto. É a maneira mais lógica de se eliminar a sífilis materna e suas consequências. (ARAUJO et al., 2006).
O acompanhamento do pré-natal é essencial para a detecção da sífilis e prevenção da sífilis congênita, entretanto, estudos mostram que gestantes tiveram filhos com sífilis congênita mesmo em acompanhamento de pré-natal em razão de não ter realizado o tratamento como o ministério da saúde preconiza ou por falta de tratamento (SILVA et al, 2010).
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) estimasse que meio milhão de crianças nascem com sífilis congênita por ano e meio milhão com sequelas da doença ou mortas. Essa doença tem elevada magnitude no Brasil,