Assistência de enfermagem ao paciente com drenos torácicos em pós operatório de revascularização do miocárdio
Estudos comprovam que as doenças coronarianas lideram as causas de óbito em todos os países do mundo. O que antes era característica dos países de primeiro mundo ficou sendo também um problema de saúde pública em países subdesenvolvidos. Isto ocorre devido a fatores de risco, como a obesidade, tabagismo, propensão genética, hipertensão arterial sistêmica, diabetes mellitus e sedentarismo, que predispõem o indivíduo à aterosclerose, levando a oclusão coronariana ou a alteração da parede arterial, diminuindo ou interrompendo o fluxo sanguíneo, dando início ao chamado sofrimento miocárdico1.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), as doenças cardiovasculares são responsáveis por 30% do total de mortes no mundo. A projeção da OMS é que esse grupo de doenças seja a primeira causa de morte em todos os países em desenvolvimento até 20102.
O tratamento pode ser clínico ou cirúrgico, ambos com o objetivo de restabelecer a capacidade funcional do coração de forma a diminuir a sintomatologia e proporcionar ao indivíduo o retorno às suas atividades normais3.
A cirurgia cardíaca é realizada quando a probabilidade de uma vida útil é maior com o tratamento cirúrgico que com o tratamento clínico3.
Geralmente se faz necessária a revascularização do miocárdio, com o objetivo de normalizar a circulação sanguínea do músculo cardíaco, corrigindo a isquemia, aliviando os processos anginosos, melhorando a função ventricular, prevenindo morte súbita e, consequentemente, melhorando a qualidade de vida desses indivíduos4.
Após o procedimento de revascularização, devido à esternotomia (abertura do osso esterno durante a manipulação cirúrgica), a utilização de circulação extracorpórea (CEC), a anestesia, a ventilação mecânica e o uso de drenos torácicos, o padrão respiratório do paciente se apresenta limitado, principalmente pela dor, pelo edema de parede torácica e pela alteração de surfactante, podendo ocorrer diminuição dos volumes e capacidades pulmonares5.