Aspectos do planejamento territorial urbano no Brasil – Roberto Loeb
Aspectos do planejamento territorial urbano no Brasil – Roberto Loeb
A tendência a urbanização é um fenômeno mundial… a industrialização, a pressão demográfica crescente e a falta de condições em áreas rurais têm levado a ocupação quase sempre espontânea e sem controle do solo urbano. Ou seja, o processo de urbanização é um fenômeno universal, relacionado às transformações socioeconômicas da sociedade moderna, ao modo de produção capitalista, a industrialização, a busca por oportunidades de trabalho nas cidades em consequência do êxodo rural. Entretanto, a ocupação do espaço urbano decorrente deste processo de urbanização mostra-se desordenada, ou ordenada segundo a lógica da exploração e especulação imobiliária.
Ainda segundo Loeb, o centro urbano tende a polarizar maiores investimentos de recursos públicos. A despeito de na periferia se verificar “taxas mais baixas de investimentos em termos de serviços e estrutura urbana.” Para este autor, “cria-se um círculo fechado de investimentos nos núcleos centrais, nos quais estão concentrados os maiores proprietários e, portanto, os maiores benefícios”… qualquer plano de reformulação da ocupação urbana fica sujeito a forte pressão econômica e política.
Sendo assim, o planejador não deve impor o que acha importante para ele, e sim para a comunidade, fazendo uma previsão do que pode ser aceito, ou não pela comunidade, tendo em vista os recursos políticos adequados, pois planejar também significa ter uma visão de mundo, implicando no sentido de desenvolvimento. A ideia de planejamento tem como visão global do que irá desenvolver.
Planejar significa estabelecer um direcionamento politico para a sociedade, para que essa se organize. Ou seja, planejamento é o conjunto de metas visando atingir determinados objetivos. Lembrando que, plano difere de planejamento que difere de politicas públicas.