Aspectos cognitivos da Esclerose Múltipla
Investigando a literatura, ainda existem inúmeras controvérsias em relação aos resultados das pesquisas sobre EM, provavelmente em razão dos fatores metodológicos usados. Kidd (1999) comentam que é possível que numerosas placas na substância branca subcortical possam ser responsáveis pelos déficits cognitivos; no entanto, ainda restam alguma controvérsias sobre a relação existente entre local e extensões das lesões e a natureza da gravidade dos prejuízos cognitivos (Kidd 1999; Arnett 1994).
Eficiência intelectual
Pesquisas que envolvem o funcionamento da inteligência tem frequentemente utilizado instrumentos como a Escala de Inteligência para Adultos de Wechsler, baseando-se nos resultados do Quociente de Inteligência Verbal e de Execução.
De um modo geral, as diferenças entre controles normais e pacientes são pequenas, mas consistentes, principalmente nos resultados do Quociente de Execução. Marsh (1980) disse que EM não precisa ser sinônimo de prejuízo intelectual.
Linguagem
Repetição de frases e compreensão, geralmente ficam intactos; enquanto fluência verbal e nomeação podem apresentar alteração (Brassington & March, 1998).
Afasias são incomuns em pacientes com EM, a doença geralmente atinge as vias de comunicação entre estruturas, áreas e hemisférios, podendo levar a síndromes de desconexão, reduzindo ou mesmo impedindo trocas de informações.
Atenção e memória
Relatos afirmam que a memória é uma das funções mais prejudicadas, com maior incidência que a linguagem. Estudos tais como os de Litvan (1988) e de Rao (1986), segurem que o déficit na memoria de longo prazo tem como causa: a) comprometimento de estruturas responsáveis pela aquisição de informações; b) comprometimento de estruturas relacionadas com a recuperação e reconhecimento do material aprendido. Ou seja, a memoria operacional e o processamento de informações se mostram alterados, enquanto a taxa de esquecimento permanece intacta; o desempenho da memoria