ASPECTOS ANATÔMICOS E CLÍNICOS DA HÉRNIA DE DISCO: revisão de literatura
RESUMO:
Define-se hérnia de disco como a migração do núcleo pulposo com fragmentos do anel fibroso para fora de seus limites funcionais, podendo ser protrusa ou extrusa. Esta patologia acomete cerca de 2 a 3% da população mundial acima de 35 anos e, embora não seja mortal, pode levar indivíduos economicamente ativos a se aposentar por invalidez. As causas são multifatoriais, e dentre elas destacam-se a permanência na posição sentada por longas horas e o comportamento sedentário. O objetivo deste estudo foi descrever as características anatômicas e fisiológicas da hérnia de disco, e também os tipos de tratamento disponíveis. O método utilizado foi uma revisão narrativa de literatura, através da pesquisa de estudos relacionados ao tema em bases de dados usando as seguintes palavras-chave: “hérnia de disco” e “disco intervertebral”. Também foram utilizados livros relacionados ao assunto. O disco intervertebral é fibrocartilaginoso e compressível, permitindo que a sínfise intervertebral absorva impactos, além de promover a união, o alinhamento e certa mobilidade entre vértebras vizinhas. Quando sua estrutura é deteriorada e ocorre a herniação, o principal sintoma é a dor, podendo causar também perda de força muscular e alterações sensitivas, em decorrência do comprometimento de nervos periféricos. O tratamento conservador é importante para indivíduos portadores de hérnia de disco, sendo o primeiro relato desta modalidade datado há mais de 400 a.C., tendo sido preconizado por Hipócrates. Atualmente, além do baixo custo, ele vem obtendo melhores resultados, sendo indicado por um período de quatro a seis semanas. Dentre as condutas conservadoras se enquadra a fisioterapia, que tem como objetivo fortalecer a musculatura do tronco, além de manter ou ganhar amplitude de movimento de articular. Após este período, se não houver melhora no quadro clínico de dor, ou se existir a compressão de estruturas