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Analisando o desenvolvimento: a perspectiva de Amartya Sen
Guilherme Ramon Garcia Marques*
Economista e filósofo indiano, formado na Universidade de Cambridge, onde hoje é reitor, Amartya Sem contribuiu imensamente para estabelecer uma nova compreensão acerca de conceitos tais como miséria, pobreza, fome e bem-estar social, sendo premiado, por tais contribuições, com o prêmio Nobel de 1998. Nascido em Santiniketan em 1933, é autor também de, entre outras importantes obras, Desenvolvimento como Liberdade (aqui analisada) e Sobre Ética e Economia. Em Desenvolvimento como Liberdade, Amartya Sen procura analisar sob um viés diferenciado o papel do desenvolvimento em contraposição ao viés restritivo que associa o desenvolvimento puramente através de fatores como crescimento do Produto Interno Bruno, rendas pessoais, industrialização, avanço tecnológico ou modernização social. Embora tais fatores contribuam diretamente para a expansão de liberdades que possam vir a ser usufruídas pelos membros de uma determinada sociedade, o crescimento econômico não pode ser considerado um fim em si mesmo, de modo que o desenvolvimento tem que estar relacionado sobretudo com a melhora
da vida dos indivíduos e com o fortalecimento de suas liberdades. Amartya Sem, dessa forma, demonstra como o desenvolvimento depende também de outras variáveis, ampliando, assim, o leque de meios promovedores do processo de desenvolvimento. Dessa forma o autor aponta, além da industrialização, do progresso tecnológico e da modernização social, as disposições sociais e econômicas, a exemplo dos serviços de educação e saúde, e os direitos civis, como a liberdade política, como exemplo de fatores de promoção de liberdades substantivas. O êxito de uma sociedade deve ser avaliado, segundo a teoria do Desenvolvimento como Liberdade, através das liberdades substantivas que os indivíduos dessa determinada sociedade