Ascensão do Fascismo
A mobilização dos grupos trabalhadores trouxe à tona o temor dos sectores médios, da burguesia industrial e dos conservadores em geral. A possibilidade revolucionária em solo italiano reflectiu-se na ascensão dos partidos socialistas e comunista. De um lado, os socialistas eram favoráveis a um processo reformador que traria a mudança por vias estritamente partidárias. Do outro, os integrantes das facções comunistas entendiam que reformas profundas deviam ser estimuladas.
O processo de divisão ideológica das esquerdas acontecia enquanto os sectores conservadores e da alta burguesia pleitearam apoio ao Partido Nacional Fascista. Os fascistas liderados por Benito Mussolini louvavam uma acção de combate contra os focos de articulação comunista e socialista. Desse modo, o “fasci di combattimento” (fascismo de combatimento) passou a atacar jornais, sindicatos e comícios da esquerda italiana.
Criando uma força miliciana conhecida como “camisas negras”, os fascistas ganharam bastante popularidade em meio às contendas da economia nacional. A demonstração de poder do movimento se deu quando, em 27 de Outubro de 1922, os fascistas realizaram a Marcha sobre Roma. A manifestação, que tomou as ruas da capital italiana, exigia que o rei Vítor Emanuel III passasse o poder para as mãos do Partido Nacional Fascista. Pressionado, a autoridade real chamou Benito Mussolini para compor o governo.
Inserido nas esferas de poder político central, os fascistas teriam a oportunidade de impor seu projecto político autoritário e