Ascaris lumbricoides
A parasitose causada pelo A. lumbricoides tem alta prevalência nos países tropicais com inadequado saneamento básico.
A transmissão se da através da ingestão de água ou alimentos contaminados com ovos da lombriga. Pode também ocorrer a transmissão por objetos ou pelas mãos, quando são colocadas na boca. Durante o ciclo de vida desse verme, há uma fase em que ele passa pelo aparelho respiratório, nesse período pode ocorrer transmissão através do contato de outras pessoas com essas secreções (Ex: beijo; se o infectado tossir ou espirrar sobre algum alimento). Insetos também podem carregar os ovos e contaminar alimentos. A gestante infectada pode transmitir as larvas para o bebê, pois as mesmas passam pela placenta (mas a criança só desenvolverá a doença após o nascimento).
Habitualmente, não causa sintomatologia, mas pode manifestar-se por dor abdominal, diarréia, náuseas e anorexia. As manifestações clínicas são usualmente proporcionais à carga parasitária albergada pelo indivíduo.
Medicamentos indicados para o tratamento de ascaríase\ como o albendazol durante a gestação pode levar a alterações nucleares e problemas de formação do feto. Muitos autores não recomendam o tratamento de parasitoses durante a gestação nos casos de parasitismo assintomático ou de sintomas leves.
Em gestantes, geralmente o médico decide usar o Pamoato de Pirantel, por ser mais seguro.
O Pirantel atua nos helmintos como bloqueador neuromuscular despolarizante e lhes produz contração repentina, seguida de paralisia. Os helmintos perdem a capacidade de manter sua posição no lúmen intestinal e são expelidos do corpo por peristaltismo com as fezes. Absorve-se muito pouco e incompletamente no trato gastrintestinal.