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Rio de janeiro, morro do alemão mais um dia quente e agitado como toda periferia é, crianças jogando bola no campinho de areia, as vielas repletas de moradores subindo e descendo, alguns com as compras da feira outros indo trabalhar, e la estava Jorge, mais conhecido como piolho, um rapaz bonito, moreno claro, olhos verdes, magro, com cabelo rasta a verdadeira mistura brasileira, sempre foi uma pessoa simpática e educado com todos, repleto de sonhos como todos que querem mais da vida, e não só aquilo que está na favela. Piolho cresceu no morro, repleto de bandidagem, os que não eram ladrões eram traficantes, mas ele nunca sentiu atração pelo mundo do crime, apesar de saber que era o meio mais fácil de ganhar dinheiro, seu sonho era cantar, mas como cantar sendo que você tem que trabalhar para conseguir ajudar sua mãe, dona Maria, que trabalha o dia todo pra sustentar a casa sozinha, pois seu pai os abandonou logo que Jorge nasceu.
Maria era uma mãe como todas as outras, sempre preocupada com seu filho, e principalmente com o futuro que ele teria ali, dona Maria sempre aconselhou Jorge a não se envolver com aquelas pessoas, que não queria que Jorge se rende-se para o mundo do crime, que mesmo com dificuldades temos que ser honestos, desde pequeno Piolho foi criado assim, aprendendo a ser honesto. Estudou em escola publica sua vida toda. Então conhecia todos ali no morro, e foi na escola que conheceu Lucas, garoto negro com olhos grandes, olhar medonho, parecia sempre estar com raiva, conhecido como cabeça, aquele menino sempre foi atentado, todos na escola falavam que ele iria ser igual seu pai, o maior traficante do morro. Mas ele e Piolho se davam muito bem, apesar de pensarem diferente, Cabeça admirava armas, Piolho admirava o microfone, mas ninguém sabia do sonho dele, por ter medo de que alguém tirasse sarro. Mas a amizade dos dois se manteve próxima só até o ultimo ano da escola, pois Cabeça teve que fugir com seu pai, na época o morro estava em