As vias do conhecimento de deus
Disciplina: FILOSOFIA DA RELIGIÃO
Docente: CLAUDIONOR
Discente: LUIZ FERNANDO
AS CINCO VIAS DA DEMONSTRAÇÃO DA EXISTÊNCIA DE DEUS
[1] A primeira e a mais manifesta é a procedente do movimento. É evidente, sendo atestado pelos nossos sentidos, que, neste mundo, alguns seres são movidos. Ora, tudo o que se move é movido por outro. Pois o movimento não é mais do que a passagem da potência ao acto e nada pode ser levado ao acto a não ser por um ser em acto. É, pois impossível que, sob a mesma relação e do mesmo modo, algo seja simultaneamente motor e movido, isto é, que se mova a si próprio. Logo, se a coisa que move é também movida, é preciso que seja movida por um outro e, este último, por um outro. É pois impossível que, sob a mesma relação e do mesmo modo, algo seja simultaneamente motor e movido, isto é, que se mova a si próprio. Logo, se a coisa que move é também movida, é preciso que seja movida por um outro e, este último, por um outro. Ora, não se pode proceder, assim, até ao infinito, pois, neste caso, não haveria um primeiro motor. Logo, é necessário chegar a um primeiro motor, sem ser posto em movimento por nenhum outro, o qual todos compreendem ser Deus.
[2] A segunda via procede da natureza da causa eficiente.
Não se encontra, nem é possível que assim seja, uma coisa que seja a causa eficiente dela mesma, pois seria anterior a si, o que é impossível. Ora, também não é possível proceder-se até ao infinito, porque em todas as causas eficientes ordenadas entre elas, a primeira é causa das intermédias e as intermédias são causas da última. Por conseguinte, se não há primeira causa na ordem das causas eficientes, não haverá nem última nem intermédia. Logo, é necessário afirmar que existe uma primeira causa eficiente que todos chamam Deus.
[3] A terceira via tem a ver com o possível e o necessário e é a seguinte.
Vemos na natureza coisas que podem ser ou não ser, têm a possibilidade de existir e de não