As Semanas E Os Meses de Gravidez
De uma simples célula, menor que a cabeça de um alfinete, até a criança que nasce, decorre uma espantosa série de alterações estruturais. Só em volume, o ser em desenvolvimento aumenta cerca de 7 bilhões de vezes. Além disso, a proliferação das células descendentes da célula-ovo obedece a padrões rigorosos e instruções que talvez sejam milhares de vezes mais complexas do que as que poderiam ser armazenadas em toneladas de computadores modernos.
As células, sem se divorciarem do conjunto, vão se diferenciando em grupos com funções específicas, cada vez mais diferentes das originais. Quando finalmente se completa o desenvolvimento do feto, as células se cortam aos bilhões, em dezenas de variedades de tecidos e órgãos, diferentes em estrutura, tamanho, forma e composição química.
Como em tantos outros fenômenos fascinantes da Biologia, as observações científicas são insuficientes para explicar a natureza íntima do processo. E a maior parte do conhecimento alcançado limita-se a alterações físicas aparentes do desenvolvimento embrionário e fetal. É o que veremos nas páginas a seguir.
PRIMEIRO MÊS DE DESENVOLVIMENTO
Pouco depois da fecundação, a grande atividade provocada no óvulo pela entrada do espermatozoide dá lugar à primeira divisão do ovo, da qual remitam duas células. No início do quarto dia ocorrem 12 a 16 blastômeros; dizemos que está formada a mórula, que se apresenta como uma bola maciça, formada por células arredondadas e semelhantes entre si.
Dentro da pequena bola maciça, forma-se uma pequena cavidade; na parede que rodeia essa cavidade, as células se dispõem em dois grupos, uma camada superficial chamada trofoblasto, que irá nutrir, e uma massa celular interna.
Por volta do décimo dia, o ovo cava um ninho na parede do útero, aonde se acolhe para permanecer por nove meses num ambiente onde não lhe faltarão alimento, água e calor. Esse fenômeno é chamado de nidação.
O trofoblasto começa a crescer e emitir