As reformas

As Reformas
As transformações de caráter social, econômico e cultural que aconteceram a partir do século XIV, marcando o fim da Idade Média e o nascimento do mundo moderno ocidental, provocaram uma grande crise na instituição eclesiástica e na vivência da fé católica. Diversos grupos passaram a requerer reformas urgentes e a protestar contra a lentidão e a dificuldade da igreja em adaptar-se aos novos tempos. Dessas divergências resultou em descordo dentro da Igreja Católica o que resultou no surgimento das denominações protestantes.
As causas da reforma
Explicação Marxista: partindo do pressuposto econômico, onde segundo Marx a religião é filha da economia, mãe universal de todas as sociedades humanas, a reforma resultava do modelo capitalista que emergia na época, ou seja, as transformações socioeconômicas surgidas após o renascimento do comercio, resultava na necessidades de um novo senso comum religioso, ao qual beneficiaria a ascendente camada burguesa.
Estudos econômicos sobre o nascimento da reforma: entre outras explicações econômicas, cita-se Henri Hauser, que acreditava que o pensamento reformista teria partido de camadas mais simples da sociedade, ao qual estendera se na frança, entre os artesões da cidade, que teriam aderido às idéias reformadas por artesões provenientes da Suíça e da Alemanha, estes teriam convencido a população. Desta forma a reforma era vista de uma forma assistemática, resultada de uma conjunção de fatores econômicos, sociais e religiosos inseparavelmente unidos.
Criticas das explicações econômicas:
Critica da explicação Marxista: segundo o autor, a concepção marxista pecou por anacronismo, ao transplantar para o século XVI as realidades e os conflitos do século XIX, não conseguindo compreender as relações de fé e a mentalidade das massas daquele tempo.
Critica a explicação de Hauser: existiu uma aliança entre pobres e as novas idéias protestantes, entretanto os ricos burgueses não ficaram ausentes do início dos movimentos