As práticas de saúde no mundo moderno
A Revolução Industrial que iniciara em 1760 e que persistiria até os dias de hoje foi inegavelmente impulsionada pela melhoria de condições dos meios de comunicação e do tráfego terrestre e marítimo que, ao lado das grandes descobertas, aceleraram a expansão econômica e científica dos vários países da Europa, América e Ásia. ESSAS REVOLUÇÕES MARCARAM O INÍCIO DA ERA MODERNA. A expansão mundial da economia burguesa, a migração dos povos e a dominação cultural europeia que delas sobreveio foram o sustentáculo para o estabelecimento definitivo do capitalismo industrial, a partir do século XIX. A canalização dos conhecimentos científicos e tecnológicos, em favor do desenvolvimento do sistema de produção, contribuiu, por sua vez, para a consolidação da nova ondem social capitalista, assumindo este processo características peculiares em diferentes contextos econômicos-geográficos. Como consequência direta da fundação de novos impérios coloniais, a procura de produtos manufaturados nas metrópoles aumentava, provocando o incremento do sistema fabril, para fazer face ao grande volume de exportação. Esta política mercantilista, embora combatida, acelerava o crescimento e a urbanização da sociedade ocidental. Aglomerado nas fabricas e sob um forte esquema de supervisão, esse proletariado, cada vez mais distante iria adaptar-se ao sistema disciplinar imposto pela nova ordem. É inegável que a revolução científica-tecnológica da Idade Moderna foi precursora de um processo social mais amplo e significativo para aquela geração. De fato, houve uma melhoria no padrão de vida das populações e as pessoas passaram a adotar melhores hábitos de higiene, o que contribuiu para o controle de várias doenças e para o aumento da média de vida. Entretanto, após a fase de euforia do capitalismo liberal, a destrutividade da nova ondem tornou-se patente, demonstrando que o aumento da produção de bens de consumo não representava a saúde da sociedade