As palavras do Executivo
É através da linguagem que o homem constrói seu mundo. É por meio das palavras e de sua possibilidade de manuseio que nasce o pensamento e a reflexão. “São os outros que nos diz quem somos. Mais tarde, ou endossamos a definição que fazem de nós, ou tentamos nos desvencilhar dela. É difícil não aceitar a versão dos outros. Podemos nos esforçar para não sermos aquilo que no fundo de nós mesmos “sabemos” que somos. Podemos nos esforçar por extirpar essa identidade “estrangeira” de que fomos dotados ou a que fomos condenados, e criar com nossos próprios atos uma identidade por si mesma, a qual obstinadamente busca-se fazer confirmar pelos outros. No entanto, quaisquer que sejam, posteriormente, as vicissitudes, nossa primeira identidade social já nos foi concedida. Nós aprendemos a ser aquilo que nos disseram que somos”.
O USO DA LINGUA COMO SISTEMA DE SIGNOS NA CRIAÇÃO DO SENTIDO: LIMITAÇÕES E POSSIBILIDADES
Ao nascer, todo ser humano encontra uma língua constituída, que o espera. Essa língua tem por característica principal ser um “sistema de signos distintos” arbitrários e lineares.
Do caráter arbitrário do signo resulta que a língua obedece convençãoes sociais que todo falante herda e às quais deve submeter-se, se não quiser correr o risco de ser o único a compreender suas próprias palavras.
Ao falarmos, aos nos fixarmos em nossa escolha, fazemos mais do que simplesmente indicar nossa preferência: antes de tudo, criamos a sutileza no sentido. E o sentido será tanto mais rico, matizado e sutil, quanto melhor tenhamos sabido escolher e dispor os elementos mais apropriados para traduzir o pensamento e captar a situação.
A UTILIZAÇÃO DA FALA NA CONSTRUÇÃO DO EU E DO OUTRO: LIMITAÇÕES E POSSIBILIDADES
Cada vez que uma pessoa toma a palavra, procura exprimir e comunicar uma imagem de si mesma; procura fazer reconhecer essa imagem por outra pessoa. Há um grande número de regras explicitas e implícitas cujo desrespeito pode causar