As ligações bioceânicas na américa latina de interesse brasileiro
RESUMO
O objetivo desse trabalho é realizar, com base nos projetos existentes, tanto de origem na Iniciativa para a Integração da Infraestrutura Regional Sul Americana (IIRSA) como na sua atual evolução o Conselho Sul-americano de Infraestrutura e Planejamento (COSIPLAN), um estudo das principais vantagens que o Brasil e, particularmente, a macro região da baixada Santista, auferirão com a integração e o desenvolvimento da América do Sul através dos projetos das Rotas de Integração Bioceânicas.
Palavras-Chaves: Ligações Bioceânicas, Integração Regional, IIRSA, COSIPLAN.
1. INTRODUÇÃO
Historicamente, a América do Sul foi concebida pelos seus descobridores e exploradores para ser um ambiente bipolarizado. No lado ocidental do meridiano imaginário traçado pelo Tratado de Tordesilhas um ambiente espanhol, e, na parte oriental um território português.
Observem os esforços de desbravadores como o espanhol Francisco de Orellana que, entre os anos de 1541 e 1542, percorreu todos os 4,8 mil quilômetros da calha do Rio Amazonas, partindo do rio Napo, nas proximidades de Quito – Equador, até o Oceano Atlântico. A ruptura de Tordesilhas pelos brasileiros, no sentido leste para oeste, através das expedições conhecidas como Entradas e Bandeiras, partindo principalmente do que hoje é o estado de São Paulo. A ação missionária jesuítica, integrando os povos indígenas. Essas iniciativas facultaram ao Brasil avocar os princípios firmados no Tratado de Madri (1750), que tratava do direito de posse de terras ocupadas e exploradas – o uti possidetis. Pela ação de notáveis brasileiros, tanto desbravadores como homens de notório conhecimento e capacidade de negociação, pudemos atingir, sempre dentro da legalidade, os limites que hoje nos tornam o gigante sul-americano.
Porém, na realidade, por séculos vivemos em países distintos, divididos principalmente