As grandes guerras e a reordenação do espeço
O imperialismo e a Primeira Guerra Mundial
O século XIX ficou marcado pelo grande desenvolvimento industrial, principalmente na Europa. A segunda metade desse período foi pontuada por acontecimentos importantes, tais como os movimentos de unificação alemã e italiana.
A consolidação da Alemanha e da Itália como Estados Nacionais contribuiu para a formação do quadro nacional europeu, no qual se expressaram com intensidade o nacionalismo e o imperialismo. Essas duas manifestações sociais se desenvolveram devido ao processo de formação e fortalecimento do Estado nacional que ocorreu na Europa desde o fim da Idade Média. É o Estado-Nacional que tem força para difundir entre os habitantes de seu território a noção de pertencimento a um conjunto maior, que compartilha uma história e uma cultura.
O nacionalismo serviu de princípio para a criação de identidades e a conseqüente consolidação de novos países, a exemplo da Itália e da Alemanha.
A partilha da África
Ao passarem pelo processo de unificação, Alemanha e Itália incorporaram áreas que já possuíam indústrias. Foi assim com o vale do Ruhr, na Alemanha, e com a região norte da Itália. Os dois países entraram no jogo geopolítico e passaram a desafiar o poderio das nações hegemônicas naquele momento, França e Inglaterra. Estas vinham constituindo vastos impérios, formados por colônias espalhadas pelos outros continentes, sobretudo na Ásia, onde a França se assenhoreou da Indochina, e a Inglaterra, da Índia. Em escala menor, Bélgica, Portugal e Espanha também participaram dessa divisão do mundo.
Assim como os outros países europeus citados, Itália e Alemanha também objetivavam adquirir novas fontes de matérias-primas e novos mercados consumidores. Ou seja, buscavam meios para concorrer em melhores condições com os outros países industrializados. Entre 1884 e 1885 realizou-se a Conferência de Berlim, que culminou com a divisão do continente africano entre