As fronteiras do Sistema Solar
SATURNO é mesmo muito bonito.Quando observamos um planeta - ou qualquer outro astro - com um telescópio de médio porte ou superior, sem que acionemos o mecanismo de acompanhamento do instrumento, o planeta cruza rapidamente o nosso plano de visão, devido ao movimento aparente do céu ao nosso redor. Este movimento é bem acentuado porque nós estamos olhando uma faixa bem estreita do céu.
Saturno e seus anéis
Olhando o céu a olho nu, a gente demora muito tempo para perceber os movimentos, e é mais difícil ainda perceber os próprios dos planetas em relação às estrelas que servem como panorama de fundo. Aliás, PLANETA quer dizer ASTRO ERRANTE. Durante muito tempo, tudo o que se movia no céu era
PLANETA, inclusive o Sol e a Lua. Naquele tempo ninguém dizia que a Terra era um PLANETA. Classificando o Sol como estrela e a Lua como satélite, cinco PLANETAS são visíveis a olho nu:
MERCÚRIO, VÊNUS, MARTE, JÚPITER e SATURNO. Em função dos seus movimentos próprios e variação de brilho, eles foram alguns dos primeiros alvos dos astrônomos pioneiros. Foi através da dedicação desses pacientes observadores que hoje nós podemos ver, nos planetários, a composição acelerada dos movimentos dos planetas, conhecidos pela sua forma como LAÇADAS PLANETÁRIAS. Pra quem pensava num universo com a Terra no centro, não era nada fácil explicar esses movimentos. É que eles não levavam em consideração os movimentos da Terra, e o ponto de referência ficava deslocado. Mesmo assim, com cálculos trabalhosos, foi possível estabelecer conexões entre esses movimentos e concluir que os ASTROS ERRANTES faziam parte do mesmo sistema. Entre os gregos, lá pelo quarto século antes de Cristo, já havia pensadores que consideravam o Sol como centro do sistema planetário.