AS ESTRUTRAS ECONOMICAS
Renée Doehaerd chamou de “escassez endêmica”, isto é, pequena produtividade agrícola e artesanal, conseqüentemente uma baixa disponibilidade de bens de consumo e a correspondente retração do comércio e portanto, da economia monetária.
Ponto de partida para se entender o fenômeno: retrocesso demográfico pois a contração da força de trabalho gerava uma contração dos rendimentos e esta reforçava a pobreza demográfica.
O Domínio
Dividido em duas partes: terra indominicata (reserva senhorial), era explorada diretamente pelo senhor. Ali estavam sua casa, celeiros, estábulos, moinhos, oficinas artesanais, pastos e terras cultiváveis. As pastagens e áreas florestais existentes na reserva senhorial eram, por direito costumeiro, de uso de toda a comunidade.
Terra mansionária: conjunto de pequenas explorações camponesas (mansus) – menor unidade de produção e fiscal do domínio.
Mansi serville – ocupados por escravos, por isso, deviam encargos mais pesados.
Mansi ingenuilles – possuído por camponeses livres.
Escravidão na Alta Idade Média?
Acredita-se na existência de poucos escravos no Ocidente até o século X em função de uma tripla transformação segundo Marc Bloch:
Militar – fim das guerras de conquistas que tinham sustentado o escravismo romano.
Religioso – Se o Cristianismo não proibia a escravidão enquanto Instituição, a Igreja não aceitava que ela fosse aplicada a cristãos.
Econômico – a distância tornava problemático e portanto caro o fornecimento de escravos pagãos.
Idade Média Central (séc. X-XIII)
Diante do crescimento demográfico que se manifestava desde meados do século X, os mansos da época carolíngia foram divididos em lotes bem menores, com cerca de três a quatro hectares, as tenências.
São divididas entre: Censive e Champart – Na primeira, mais comum e difundida, o camponês em troca do usufruto da terra devia uma renda fixa, o censo, pago em dinheiro ou em espécie. Na segunda a renda devida pelo