AS ESPARTANAS GUARANIS: RESISTÊNCIA E LUTA NAS ENTRELINHAS DA GUERRA CONTRA O PARAGUAI
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As Espartanas Guaranis: resistência e luta nas entrelinhas da Guerra contra o Paraguai1Paulo Tarso Mascarenhas Pedreira
Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia – UESB (Graduando em História) paulotarso.ssa@hotmail.com Prof. Dr. José Rubens Mascarenhas de Almeida
Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia – UESB joserubensmascarenhas@yahoo.com.br RESUMO: A guerra, fundamental ferramenta de acumulação de capital, dinamiza as relações de produção ao objetivar o processo de destruição produtiva, caracterizando um paradoxo do capital-imperialismo. Compreendendo que a função do historiador é clarificar o seu objeto, o objetivo desta pesquisa é abordar a presença do gênero feminino como agente social na Guerra do Paraguai (1864-1870). Submetidas a uma sociedade de organização patriarcal, as mulheres paraguaias contemporâneas e sujeitas à guerra contra seu país, condenadas por parentesco de réus políticos ou acusados de traição, eram intituladas “destinadas”, sujeitadas a trabalhos forçados na agricultura. Em contrapartida, periódicos à época disseminados comparavam a mulher paraguaia ao ideal espartano de bravura, quando se tratava de enaltecer as virtudes do militar paraguaio, visando elevar a moral da tropa. Tais mulheres, denominadas “residentas”, acompanhavam as tropas e, com as baixas paraguaias no decorrer do conflito, foram convertidas em soldados, assimilando todas às atribuições de combatente. Tendo como referencial o materialismo histórico-dialético, propomos uma investigação historiográfica do conflito, buscando elucidar a participação das “residentas” nas entrelinhas historiográficas do conflito, revelando a imprescindível influência da mulher guarani na resistência paraguaia à guerra deflagrada pelas nações vizinhas.
Palavras-chave: mulher; resistência; Guerra contra o Paraguai.
1- Convite a um novo olhar
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