As diferenças etnicosrraciais no ensino médio

AS DIFERENÇAS ETNICOSRRACIAIS NO ENSINO MÉDIO
Andressa de Oliveira Santos

Resumo:
A diferença não deve ser sinônima de defeito em relação a um padrão dominante considerado como “normal” e que através das políticas públicas afirmativas possamos reparar as diversas questões presentes em nossa sociedade que geram ainda uma enorme desigualdade. Buscarei desenvolver como a incorporação da diferença nas práticas educacionais pode auxiliar na reflexão sobre os diversos sujeitos que atuam na e na formação da identidade do estudante brasileiro, do ensino médio, na atualidade.

O artigo visa discutir como a diferença Etnicorraciais nas políticas curriculares e sua incorporação nas práticas educacionais pode auxiliar na reflexão sobre os diversos sujeitos que estão na escola e na formação da identidade do estudante brasileiro, principalmente no Ensino Médio. Neste segmento é interessante perceber a lacuna existente dos estudantes que chegam nessa modalidade, frequentada majoritariamente por estudantes negros, fora da faixa etária considerada como ideal, ou seja, de 15 a 17 anos. Segundo o Ministério da Educação e Cultura (MEC):
“A distorção idade-série de brancos é de 33,1% na 1ª série do ensino fundamental e de 54,7% na 8ª, enquanto a distorção idade-série de negros é de 52,3% na 1ª série e de 78,7% na 8ª série. Entre os jovens brancos de 16 anos, 70% haviam concluído o ensino fundamental obrigatório. Na população negra dessa faixa etária, apenas 30% alcançaram essa escolaridade. Entre as crianças brancas de 8 e 9 anos na escola, a taxa de analfabetismo é da ordem de 8%. Para essa mesma faixa etária das crianças negras o índice é o dobro”.
Fonte: Censo Escolar de 2007.
Diante desse quadro e o histórico de exclusão educacional no qual as diversas etnias estão inseridas, como os sujeitos que estão presentes no espaço escolar se relacionam com a diferença e como a escola pode trabalhar em busca de uma educação escolar reflexiva que valorize e respeite as