as correntes
Wundt, que é o primeiro teórico da Gestalt, pretende elaborar uma psicologia dos “estados de consciência” em bases científicas e experimentais. Esta preferência científica está em reação contra aquilo que dominava, na sua época, em psicologia: a introspecção. Wundt põe em dúvida a legitimidade desta atitude, pois considera, com razão, que não se pode ao mesmo tempo viver e ser observador do seu vivido: a intuição direta de si é sempre suspeita para ciência, na medida em que o que é observado só tem um valor subjetivo de testemunho, mas Wundt retém da introspecção o valor de conteúdo psíquico (estados de consciência) e emite a hipótese de que um observador possa elaborar as leis objetivas destes estados. Assim a sua obra é o resultado de uma opção metodológica: obter em psicologia, pelo estudo experimental dos estados de consciência, um rigor comparável ao das ciências da Natureza.
A percepção é o ponto de partida e também um dos temas centrais dessa teoria. Os experimentos com a percepção levaram os teóricos da Gestalt ao questionamento de um princípio implícito na teoria behaviorista — que há relação de causa e efeito entre o estímulo e a resposta — porque, para os gestaltistas, entre o estímulo que o meio fornece e a resposta do indivíduo, encontra-se o processo de percepção. O que o indivíduo percebe e como percebe são dados importantes para a compreensão do comportamento humano.
O confronto Gestalt / Behaviorismo pode ser resumido na posição que cada uma das teorias assume diante do objeto da