As concepções contemporâneas de linguagem e a prática pedagógica
A partir da metade do século 20 as práticas pedagógicas de produção de texto nas escolas foram mudando e se adptando aos novos conceitos de linguagem e produção de textos surgidos de estudos a partir da década de 1970, mais precisamente.
Antes desse período a linguagem era vista como simples expressão do pensamento, estava relegada ao papel de espelho do pensamento humano e o ato de escrever era resultado da organização lógica do pensamento e do domínio da gramatica tradicional, assim domínio da linguagem sé dava pelo domínio da teoria gramatical.
A partir da década de 1970, uma segunda concepção da linguagem a vê como instrumento de comunicação, baseado na teoria da comunicação e no estruturalismo. A partir dessa concepção a linguagem tem como função a transmissão de informações, onde a língua é considerada um código, um conjunto de signos que se articulam para transmitir a um receptor uma mensagem baseada em regras para ser entendida.
A partir dessa concepção todos os generos textuais passam a ser considerados e o aluno deve conhecê-los para poder identificá-los e reproduzi-los. Dessa forma o texto era visto como a simples tarefa de combinar palavras e frases, qualquer desvido das normas da linguagem culta, era considerado um desvio do padrão, portando um erro.
Assim a produção de textos era vista como uma tarefa individual, a o papel do leitor seria o de entender o texto pelas regras gramaticas tradicionais, o texto era totalmente explícito e o leitor passivo frente a interpretação.
Uma terceira concepção de linguagem surgiu a partir da década de 1980 denominada enunciativo-discusiva, onde o discurso é considerado prática social e forma de interação. A linguagem passa a ser vista como resultado da intenção do autor e seu impacto no leitor. Assim, a relação interpessoal, o contexto social de produção do texto, os gêneros textuais, as diferentes situações de comunicação, a intenção de quem