AS AÇÕES DE ENFERMAGEM NO ALIVIO DA DOR DA PARTURIENTE ATRAVÉS DE MÉTODOS NÃO FARMACÓLOGICOS: uma revisão de literatura
INTRODUÇÃO
Ao longo dos anos o cuidado prestado à mulher durante o trabalho de parto passou por muitas modificações, principalmente nos procedimentos que vão de encontro à fisiologia do parto. Nos dias atuais o trabalho de parto tornou-se um momento basicamente mecanizado devido a grande evolução tecnológica e os avanços científicos na medicina, bem como a necessidade de reduzir a mortalidade materna e neonatal (COSTA; FARIA e SOLER, 2009). Entretanto a Organização Mundial de Saúde (OMS), nos últimos anos, vem estabelecendo crescentes movimentos de humanização do parto para tentar modificar essa realidade. De acordo com Sescato, Souza e Wall (2008), este movimento tem como intuito tornar o parto o mais natural possível, atenuando as intervenções, cesarianas e administração de fármacos. Nesse contexto, é possível observar que um grande vilão na fase de nascimento de uma criança é a dor, e que a utilização de métodos farmacológicos para alívio da dor, como a administração de anestésicos e analgésicos vem crescendo desenfreadamente (SARTORI et. al, 2011). Nesse seguimento, a dor é definida como um episódio subjetivo, podendo ser observada através de comportamentos distintos que podem variar segundo a cultura e a época (KAZANOWSKI e LACCETTI, 2005). Ela resulta de processos fisiológicos e de uma resposta emocional. Muitos fatores também contribuem com o aumento da dor como, o medo, stress, fome, fadiga, isolamento, ambiente, dentre outros. A American Pain Society (2003) considera o tratamento da dor tão importante que determinou esse evento como o “quinto sinal vital”, o que enfatiza a sua relevância diante dos cuidados realizados pelos profissionais de saúde (BRUNNER e SUDDARTH, 2009). Em meados das décadas de 30 a 60, as parteiras e médicos acreditavam que a dor era algo totalmente biológico, que era necessário passar por todo o