Artigos De Engenharia Civil
Revista Téchne |
É senso comum que o condicionamento térmico de um ambiente é um fator de alto custo no consumo de energia - o principal, com certeza, nos grandes empreendimentos. Com a promessa de racionalizar esse gasto, difunde-se no país o sistema de aquecimento de ambientes pelo piso. A técnica chegou ao Brasil em 1992 e as vendas crescem 20% ao ano, apesar de restritas às classes média e alta.
"Os preços ainda limitam a popularização do sistema, mas a propaganda 'de boca' garante o aumento dos pedidos", diz Ricardo Brancato, diretor comercial da Power Systems. "0 consumidor está mais exigente e, se puder, vai pagar por um sistema mais confortável. Os condicionadores são desconfortáveis e visualmente pouco interessantes", conta o arquiteto Israel Rewin. O maior motivo para o preço de instalação permanecer alto (a partir de US$ 80/m2) é o uso de material importado dos EUA e da Europa.
O sistema de aquecimento pelo piso ainda está restrito ao uso residencial. "No Brasil, boa parte das encomendas é para banheiros, pois o piso frio pode causar incômodos. Nos Estados Unidos, porém, até prédios públicos, como presídios e escolas, contam com o aquecimento pelo piso", conta Brancato. "Ainda há muito desconhecimento sobre o assunto", acrescenta. O clima do País é outro limitador para o mercado, restrito à região serrana do Estado do Rio de janeiro, sul de Minas Gerais, Estado de São Paulo e Região Sul.
Tecnologia
O aquecimento do ambiente é feito através de um cabo elétrico disposto como uma serpentina dentro do contrapiso. O cabo se aquece, propagando o calor pelo piso e, deste, para o ar. Um termostato, programado para deixar o ambiente com uma temperatura mínima, é acionado em dias frios. O consumo, por esse método, é de 100 W/m². A instalação é rápida e um ambiente de 30 m² está pronto em duas horas. Sobre o contrapiso é instalada uma camada de isolante térmico - poliuretano, vermiculita ou EPS de alta densidade. Réguas