Artigo engenharia civil
Engenheiro civil, presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Distrito Federal (Sinduscon-DF) A nova construção civil é esta que adota a sustentabilidade como conceito que veio para ficar – não tem mais retorno. Responsável por cerca de 40% da emissão de gases de efeito estufa e com o mesmo percentual de todo o consumo energético de um país, a construção civil já está se readequando à nova realidade de um mundo que luta pela sobrevivência do planeta Terra.
Somente com a adoção de práticas sustentáveis de conservação e uso racional dos recursos na construção civil é possível reduzir entre 30% e 40% o consumo de energia e água. O desafio que se coloca para o setor, atualmente, é como construir. Pensando nisso, a Subcomissão de Acompanhamento da Conferência Rio%2b20, do Senado Federal, realizou, em setembro, audiência pública com especialistas para debater o “Decrescimento: Por que e como construir”. A construção civil está no centro das discussões em torno de um novo paradigma de desenvolvimento. Ela é a maior consumidora de aço do mundo, além da extração de areia, minério de ferro e madeira. Usamos combustíveis fósseis e emitimos cada vez mais CO2. Muito calcário é utilizado na fabricação de cimento, cal e aço, o que gera quantidades enormes de dióxido de carbono.
Sabemos que o Brasil possui 12% de toda a água doce do planeta, mas é preciso economizar. O gasto médio para uma pessoa, recomendado pela Organização Mundial da Saúde, é de 150 litros. No Distrito Federal, podemos verificar uma média de 250 litros por habitante, realidade que pode ser mudada por pequenos gestos de racionalização no dia a dia. Outra área prioritária em nosso setor é a eficiência energética das edificações, um dos requisitos mais avaliados em construções sustentáveis. É necessário incentivar a etiquetagem para as novas construções e contribuir para a busca constante de novas tecnologias. Precisamos, ainda, de