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Ponto 2: Questão Agrária e Movimentos Sociais A Questão Agrária no Brasil teve início no seu processo de colonização. Os grandes latifúndios que hoje tanto são disputados são frutos das sesmarias, grandes lotes de terra que a Metrópole Portuguesa doou para homens de posses sob o discurso de melhor organização do território brasileiro e da Lei nº 601 de setembro de 1850 que tinha como principal característica a implantação no Brasil da propriedade privada, assim, consolidou-se no país a concentração de grandes proporções de terras nas “mãos de poucos”. (incrementar) Após um século e meio a situação de desigualdade no âmbito da posse de terra na atua realidade brasileira continua praticamente a mesma, segundo reportagem do Jornal Brasil de Fato, os dados do Censo Agropecuário, de 2006, do IBGE, vêm reafirmar esta concentração, pois menos de 1% - 0,915 para ser preciso - das propriedades detém 45% das terras, algo em torno de 147 milhões de hectares. Por outro lado, as pequenas propriedades - com área de até 10 hectares - que são 48% das propriedades, detêm apenas 2,4% das terras. Associada à enorme demanda pelo acesso à terra de famílias sem terras - os dados são controversos, mas se presume algo em torno de 3,7 milhões de famílias sem terra -, esta concentração está na raiz dos conflitos e disputas por terra no Brasil. (Aprofundar a abordagem a partir dos dados acima)
Ponto 3: MST, protagonizando a luta pela reforma agrária brasileira É em contra partida a tal situação que o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra – MST vem se organizando na luta pela reforma agrária no Brasil. O MST nasceu na cidade de Cascavel no Paraná a partir do 1º Encontro Nacional dos Sem Terra que aconteceu entre 20 e 22 de Janeiro de 1984, em pleno contexto da Ditadura Militar. Sendo composto por posseiros, atingidos por barragens, migrantes, meeiros, parceiros, pequenos agricultores, o movimento tinha como principal pauta a fundação