Artigo
FORMAÇÃO DE PROFESSORES: IDENTIDADE E SABERES DA DOCÊNCIA Selma Garrido Pimenta*
Para que os professores numa sociedade que, de há muito superou não apenas a importância destes na formação das crianças e dos jovens, mas também é muito mais ágil e eficaz em trabalhar as informações? E, então, para que formar professores? Contrapondo-me a essa corrente de desvalorização profissional do professor e às concepções que o consideram como simples técnico reprodutor de conhecimentos e/ou monitor de programas pré-elaborados, tenho investido na formação de professores, entendendo que na sociedade contemporânea cada vez mais se torna necessário o seu trabalho enquanto mediação nos processos constituídos da cidadania dos alunos, para o que concorre a superação do fracasso e das desigualdades escolares. O que, me parece, impõe a necessidade de repensar a formação de professores. Recompensar a formação inicial e contínua, a partir da análise das práticas pedagógicas e docentes, tem se revelado umas das demandas importantes dos anos 90 (Cunha, 1989; Zeichner, 1993; Perrenoud, 1994; Pimenta, 1994; André, 1994; Garcia, 1994, Benedito et al. 1995). Suportando essa perspectiva está o entendimento de que as teorias da reprodução, que nos anos 70-80 tanto colaboraram para explicar o fracasso escolar, demonstrando sua produção sua produção enquanto reprodução das desigualdades sociais, não são suficientes para a compreensão das mediações palas quais, não são suficientes para a compreensão das medicações pelas quais se opera a reprodução das desigualdades nas práticas pedagógica e docente que ocorrem nas desigualdades nas praticas pedagógica e docente que ocorrem nas organizações escolares. Mediações essas representadas nas ações dos docentes, dos alunos, dos pais; decorrentes do