Artigo

Em pleno século XXI é evidente a omissão ou até mesmo o desprezo da contribuição do povo indígena e negro em nosso país, dando espaço para o preconceito racial, que é visto como o ato de colocar uma pessoa em situação de inferioridade, subjugada, por causa de sua cor de pele ou etnia, em detrimento de outra que, por causa de sua situação racial, se autodenomina de “raça superior”. O mais triste é saber que o povo dito como brasileiro credita e agradece por terem alcançado todo o progresso aos portugueses, que foram responsáveis pela exploração exercida sobre os índios e mais tarde sobre os negros. Portanto, é preciso deixar o preconceito de lado e ficar ciente de que a contribuição indígena e negra vai além da povoação e da prosperidade econômica através dos seus trabalhos. Esses povos trouxeram suas matrizes culturais, influenciando dessa forma os nossos hábitos, costumes e idioma. Um exemplo perceptível da cultura negra é na música, onde muitos historiadores e até mesmo músicos argumentam que a música popular brasileira nasceu na África. A raiz negra está em tudo: no samba, no pagode, no afoxé, no carimbó, maxixe, coco, maracatu, baião, forró, embolada, entre outros ritmos. Enquanto os negros destacaram-se na musicalidade, os índios deram a sua contribuição para o enriquecimento da nosso vocabulário, sendo perceptível em nomes de utensílios, objetos, comidas, crendices, seres fantásticos, moléstias, fenômenos naturais, nomes de lugares, nomes de pessoas e outros nomes próprios, espécimes da fauna e da flora, frases feitas e ainda termos de uso geral. Além disso, há numerosos casos de verbos híbridos, formados com raízes indígenas, principalmente tupis, e terminações portuguesas. Diante dos fatos abordados, pode-se perceber que o povo brasileiro necessita aceitar e ter orgulho das suas origens e acima de tudo demonstrar respeito. É preciso lembrar que cada ser humano veio de um grupo étnico distinto. Cada indivíduo possui características peculiares, com