Artigo de opinião
FACULDADE DE COMUNICAÇÃO, ARTES E LETRAS - FACALE
CURSO DE LETRAS
Amanda Rodrigues
4º semestre
Dourados
2013
E VOCÊ, SABE FALAR?
O ensino da gramática na escola vem sendo alvo de discussões entre linguistas e professores especialistas da área e diverge opiniões dos leigos. Tal assunto é levantado pelo fato de ainda existir um preconceito para com as pessoas que, ao falar, não empregam a norma padrão da Língua Portuguesa, sendo julgadas por muitos como ignorantes. Mas será que essa afirmação procede? É correto dizer que estas pessoas são incultas?
Sabe-se bem que na ocasião de uma escrita oficial, por exemplo a acadêmica ou a jurídica, o emprego da forma padrão da língua é primordial para que o texto seja bem visto. Contudo, na fala informal não há tal necessidade. O Brasil é um ótimo exemplo de que não falar "corretamente" não significa necessariamente que a compreensão de um diálogo esteja comprometida. Nas diversas regiões brasileiras existem sotaques, palavras sinônimas, que diferem de um lugar para outro, e são formas diferentes de falar a mesma língua.
O descontentamento daqueles envolvidos com a Linguística é ver que, mesmo depois de (muitos) anos de pesquisa ainda há alguns que se julgam capazes de menosprezar a língua popular e quem a usa. Infelizmente, os que não consideram a língua formal têm o apoio das mídias que contribuem na divulgação de tal absurdo. A revista Veja, no ano de 2001, publicou dois artigos sobre o uso da língua e um deles (intitulado "Falar e escrever, eis a questão", de 7 de novembro) provocou a reação do linguista Marcos Bagno, que se sentiu desconfortável e, tomando as dores de colegas linguistas e professores defensores da valorização da língua formal, escreveu uma carta ao editor onde criticou a colocação do autor do artigo de Veja, João Gabriel de Lima, que dizia sobre o ensino e uso da língua não-culta. No artigo, foram proferidas afirmações infundadas alegando que o ensino da