Artigo de opinião: Saúde brasileira

Programa Mais Médicos: Solução ou enrolação?

Não foi surpreendente a medida tomada pelo governo atual para sanar uma das maiores misérias do país: o Sistema Único de Saúde, mais conhecido como SUS. “Miséria” na verdade seria apenas uma figura de linguagem para ilustrar grande parte dos hospitais que atendem a população de diversos locais do Brasil, seja no interior ou nas grandes capitais. A verdadeira situação em que se encontra a saúde pública é a desigualdade e a falta de padronização dos postos de saúde e das UTIs (Unidades de Tratamento Intensivo), pois enquanto se encontra sucateamento de aparelhos hospitalares e desrespeito à vida humana em alguns locais, há outros com uma estrutura e atendimento de primeiro mundo.
A proposta do governo era trazer médicos cubanos para preencher os hospitais Brasil afora, fazendo com que tivéssemos uma ótima demanda de profissionais da saúde por quantidade de habitantes em municípios ermos e regiões periféricas dos grandes centros urbanos. Essa promessa foi concretizada e milhares de trabalhadores de Cuba vieram para o território verde-amarelo, tendo parte de seus salários destinados ao regime de Fidel Castro.
A pergunta que fica é: será que somente importando médicos melhorará o atendimento dos inúmeros hospitais defasados do país? Infelizmente, o “NÃO” é taxativo. Porque mesmo que aumentemos o número de funcionários em um determinado ambiente clínico não impediremos filas, falta de mantimentos, gazes, aparelhagem cirúrgica, e todo suporte essencial para seu funcionamento.
Neste cenário, a insatisfação da classe médica no país é uma constante quando se diz respeito ao SUS. Em primeiro lugar, como já mencionei acima, não há uma estrutura decente para que o profissional exerça sua profissão adequadamente, chegando ao ponto, em certos casos, de o médico escolher quem vive e quem morre numa fila de atendimento. Em segundo lugar, existe uma diferença enorme de salários: enquanto uma equipe de seis