ARTIGO CAMINHOS PARA INSER O
FORMAÇÃO INICIAL DE EDUCADORES: POSSIBILIDADES E OBSTÁCULOS
ENCONTRADOS
Edileuza Dias de Queiroz – UFRRJ
Considerações iniciais
Neste estudo partimos do princípio de que a educação é prática social historicamente construída; é espaço dialético de limites e de possibilidades. Há, portanto, a necessidade de se analisar o papel que ela desempenha na disputa de interesses e as maneiras como pode, no mundo contemporâneo vivente da grave crise socioambiental, contribuir, de forma significativa, para a construção de uma sociedade mais igualitária e menos degradante. Em função disso, aspiramos a uma transformação socioambiental, embora ela pareça se distanciar e, os obstáculos, muitas das vezes, pareçam intransponíveis
Nesse contexto de busca por outra realidade, sobressai a Educação Ambiental
(EA), entendida como um processo pedagógico atrelado a uma proposta de modelo societário que se contrapõe ao atual, pois direciona suas análises e suas práticas para uma transformação significativa da sociedade, isto é, para uma transformação das relações de dominação e de exploração.
Na sociedade contemporânea, os diversos problemas socioambientais são imediatamente refletidos na escola. Tal instituição tem grande importância para a sociedade, mas as políticas que a sustentam fomentam interesses diversos e, predominantemente, por dentro da lógica hegemônica do capital. Os nossos alunos carecem de algo mais que uma formação apenas para o mercado de trabalho – e muitas vezes nem isto conseguem −; carecem sim é de uma educação que os faça cidadãos plenos. Assim, é preciso verificar como os professores são formados, uma vez que são agentes fundamentais da transformação, são interlocutores de novas práticas escolares, possuem capacidade de pensar e fazer educação de maneira crítica. Consideramos que a formação inicial é condição indispensável para um professor tornar-se educador. E é na
Universidade, lócus de produção de