Artigo 6 Drenagem Urbana Sustentavel
DRENAGEM URBANA SUSTENTÁVEL
Cesar Augusto Pompêo
Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental
Universidade Federal de Santa Catarina - Telefone (48) 331-9717 pompeo@ens.ufsc.br RESUMO
res de produção num mercado global mas que, aprofundando o laissez-faire, justifica a perpetuação do histórico e velho conhecido descaso governamental para com as chamadas externalidades do desenvolvimento. Ao contrário, busca-se aqui analisar e propor princípios de ação que ajudem a recompor o setor de drenagem e controle de enchentes urbanas, considerando-se o contexto atual de uma política pública e elementos técnicos específicos sob a perspectiva da sustentabilidade. Embora a análise possa, a princípio, parecer restrita, muitas das questões discutidas são reflexos de uma conjuntura mais ampla, cuja percepção é fundamental para implementação da Política Estadual de Saneamento e da Política Estadual de Recursos Hídricos.
Drenagem urbana já não é um assunto que possa ser tratado exclusivamente ao âmbito técnico da engenharia porque a falência das soluções técnicas está hoje evidenciada pela problemática ambiental. Um olhar que possa focar o problema das cheias urbanas incorporando a dinâmica social e o planejamento multissetorial se faz urgente.
Inicia-se aqui uma discussão de questões orientadoras para uma ação integrada que possa articular a sustentabilidade com o tratamento de enchentes urbanas e as políticas de saneamento e recursos hídricos. INTRODUÇÃO
O CONCEITO DRENAGEM URBANA
A ausência de serviços de saneamento básico, principalmente em países do Terceiro Mundo, tem sido responsável por graves problemas de saúde pública que reduzem a força de trabalho e causam a perda de muitas vidas. No documento intitulado “Consulta Nacional sobre a Gestão do
Saneamento e do Meio Ambiente Urbano”, o Instituto Brasileiro de Administração Municipal mostra um quadro realista sobre a situação do