artes egipcia
Desenvolvida às margens do rio Nilo, na África, a civilização egípcia foi uma das mais importantes da Antiguidade. De organização social bastante complexa e riquíssima em realizações culturais, produziu uma escrita bem estruturada, graças à qual podemos conhecer muitos detalhes dessa civilização.
A expressão artística egípcia refletiu com profundidade cada momento histórico dessa civilização. Nos três períodos em que se costuma dividir sua história – o Antigo Império, o Médio Império e o Novo Império – o Egito conheceu um desenvolvimento em que a arte teve papel de destaque.
Entre todos os aspectos de sua cultura a religião era, talvez, o mais relevante. Tudo no Egito era orientado por ela. Para os egípcios, eram as práticas rituais que asseguravam a felicidade nesta vida e a existência depois da morte. A religião permeava toda a vida egípcia, interpretando o Universo, justificando a organização social e política, determinando o papel das classes sociais, e orientando toda a produção artística.
Uma arte dedicada à vida depois da morte.
A arte desenvolvida pela cultura egípcia refletiu suas crenças fundamentais. Segundo essas crenças, a vida humana podia sofrer interferência dos deuses. Além disso, a vida após a morte era considerada mais importante do que a existência terrena. Assim, desde seu início a arte egípcia concretizou-se nos túmulos e nos objetos, como estatuetas e vasos deixados junto aos mortos. Também a arquitetura egípcia realizou-se sobretudo nas tumbas e nas construções mortuárias.
As tumbas dos primeiros faraós eram réplicas da casa em que moravam. Já as pessoas sem posição social de destaque eram sepultadas em construções retangulares muito simples, as mastabas, que deram origem às grandes pirâmides, que viriam a ser construídas mais tarde.
A palavra mastaba provém do termo árabe maabba, que significa “banco”, pois à distância esse tipo de túmulo lembra um banco de pedra ou lama. As mastabas podiam ser