Arte rupestre
Muito tempo antes de Pedro Alvarez Cabral chegar ao Brasil, o nosso0 território já era habitado.
Os arqueológicos, pesquisadores que estudam as civilizações pré-históricas por meio de escavações e análise de objetos e desenhos nas pedras, calculam que entre 40 mil e 12 mil anos a.C. já existiam grupos nômades, caçadores, pescadores vivendo aqui.
As pinturas e gravuras deixadas por eles são o testemunho de sua passagem. Esses registros em diferentes suportes de pedra são chamados de arte rupestre ou Itacoatiara: paredes e tetos de cavernas e abrigos, blocos no chão, pedras nos leitos dos rios, e lajes a céu aberto.
As pinturas rupestres brasileiras mais antigas foram encontradas na região de São Raimundo Nonato, no Piauí.
São desenhos de animais, pessoas, plantas, objetos, muitas vezes retratando as cenas da vida cotidiana ou eventos cerimoniais.
Também em Minas Gerais há arte rupestre. Na região de Lagoa Santa encontram-se cenas de caças com uso de flechas, armadilhas aprisionando veados, e grandes redes com peixes, retratando movimento.
Os temas na arte rupestre são bastante variados. Alguns grupos utilizavam, por exemplo, desenhos geométricos, trabalhando com formas não representativas e desenhando pontos, traços e círculos em diferentes tamanhos e combinações.
Também os estilos variam: existem figuras formadas apenas por linha de contorno, outras apresentam pinturas cheias, outras, pontilhadas, alguns aproveitam o relevo da pedra para dar impressão de volume.
Assim, quando um artista desenha um traço vermelho na rocha pode, por exemplo, estar retratando a figura estilizada de um homem, ou pode estar marcando a passagem do tempo. As possibilidades de interpretação tornam-se, assim, infinitas. O desenho pode estar funcionando como um meio de comunicação, como forma de magia, como arte pura, como uma pré-escrita, como marcador de territórios,