arte para o desenvolvimento integral
Entrevista com ANA ANGÉLICA ALBANO
Tintas, papéis, canetas, telas... “Mais importante do que o material utilizado nas aulas de arte, é a atitude do professor”, defende Ana Angélica Albano, professora da Faculdade de Educação da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), onde trabalha desde 1997. Doutora em Psicologia Social pelo Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo (USP) e licenciada em Artes Visuais pela Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP), é também diretora associada do Museu de Artes Visuais da Unicamp.
Ana Angélica é pesquisadora do Laboratório de Estudos sobre Arte, Corpo e Educação (Laborarte) e do Focus Group for Creativity in Education, da Fundación Botín, na Espanha. Suas pesquisas estão focadas na observação de histórias de iniciação nas artes de artistas e educadores. Ela destaca a importância da diversidade de experiências, desde que sejam aprofundadas e apropriadas aos pequenos. “Na educação infantil, é desejável que se tenha um artista apoiando o trabalho do professor da turma”, orienta. Alimentar a fantasia e estimular a observação são ingredientes indispensáveis nos estudos artísticos. “Isso é fundamental para que as representações sejam baseadas em bons referenciais.”
A carreira da educadora teve início em uma escola da rede privada de São Paulo. Nessa instituição, em parceria com um professor de música, tocou um projeto inovador. Deu tão certo que, no ano seguinte, suas aulas duplicaram. Alguns anos depois, ela assumiu a direção de uma escola de arte da prefeitura paulistana. Depois, criou uma nos mesmos moldes em um município vizinho: Santo André (SP).
“É fundamental acreditar que as crianças têm algo a dizer e que elas podem fazer isso com jornal, folhas, pedrinhas, enfim, com o que quiserem.” Leia a seguir o que ela pensa sobre a arte na educação infantil.
Qual o papel da arte na formação de uma pessoa?
Ela ocupa um lugar entre o sonho e a realidade. As pessoas precisam