Arte naif
Normalmente, o termo é usado como sinônimo de arte ingênua, original ou instintiva, produzida por autodidatas que não têm formação culta no campo das artes
Para explorar o tema em sala de aula
Além da produção pictórica, no ensino fundamental, o aprendizado das artes deve contemplar o conhecimento universal, os artistas consagrados, as formas e as imagens de diferentes aspectos. Já os conteúdos devem estar relacionados com a realidade do aluno e do seu entorno. Somente dessa forma é possível ensinar que uma obra de arte deve ser entendida como a maneira pela qual o artista percebe o mundo, reflete sua realidade, sua cultura, sua época, criando uma nova realidade. A partir desse procedimento, a releitura de qualquer imagem se transforma em prática pedagógica que, ao promover a percepção do aluno, torna-o capaz de captar os mais variados elementos de uma obra. De acordo com essa concepção, a arte naïf pode ser explorada de maneira bem abrangente, pois a maioria das telas traz elementos conhecidos e já observados pelas crianças em seu cotidiano. Portanto:
1. Selecione diversas obras naïfs, preferencialmente de pintores brasileiros, e apresente-as às crianças. Faça com que elas observem todos os detalhes, com o objetivo de determinar se o espaço representado é urbano ou rural.
2. Em seguida, peça que destaquem as principais características notadas: imagens do cotidiano, paisagens, costumes, lendas, crenças, personagens retratados etc.
3. Depois, questione as cores usadas e a valorização do tema a partir delas.
4. Prosseguindo, instigue uma discussão referente aos modos expressivos e originários da subjetividade e da imaginação criadora dos artistas. Para tanto, utilize-se das perguntas seguintes:
a) Eles representam a realidade?
b) As obras mostram a verdadeira imagem das cidades, do campo e dos demais temas?
c) Há um toque lúdico e pessoal nas representações?
d) A simplificação das formas altera a imagem do ponto de vista estético?
e) A