Arte Naif e Antônio Poteiro
A pintura naïf brasileira é muito rica e cheia de imprevistos. Devido à diversidade de temas relativos à fauna, à flora, ao sincretismo religioso e às suas várias etnias, o Brasil ocupa lugar de destaque no contexto mundial de arte naïf.
Os quadros de naïfs brasileiros são reproduzidos nos mais importantes livros estrangeiros sobre arte naïf. Não há uma exposição naïf internacional sem que os artistas naïfs brasileiros sejam convidados a participar.
Em toda a história da pintura brasileira, nunca tantos artistas tiveram suas obras expostas, publicadas, comentadas e citadas como são as dos pintores naïfs. O único pintor brasileiro (entre todas as tendências) a ser premiado numa Bienal de Veneza foi um naïf, Chico da Silva, em 1966, na 33ª Bienal.
Antônio Poteiro
Antônio Batista de Sousa (ou simplesmente Antônio Poteiro) nasceu na Província do Minho, em Portugal, mudando-se ainda criança para o Brasil. Morou em São Paulo, Minas Gerais, radicando-se mais tarde em Goiânia até seu falecimento, no dia 8 de junho de 2010. Tal como o sobrenome sugere, Poteiro iniciou a vida artística com seu pai (o ceramista Américo Batista de Souza) e com ele aprendeu a confeccionar potes e utensílios domésticos. Das mãos de Antônio Poteiro nasceram santos, urnas e animais sagrados. Matéria prima da criação, o barro encontrou sua forma na temática religiosa.
Em 1972, incentivado por Siron Franco, Poteiro iniciou-se na pintura. O folclore brasileiro foi outra temática recorrente na obra de Antônio Poteiro, que se valia do uso de cores primárias com uma harmonia extraordinária.
Participou por duas vezes da Bienal Internacional de São Paulo (em 1981 e 1991). Alguns anos depois recebeu o prêmio da Associação Paulista dos