Arte na pré história
Pense no que você conhece de filosofia e política. Lembre de personagens da mitologia e do teatro ou, ainda, cálculos geométricos que você já estudou. Pode ter certeza que uma boa parte será legado da cultura grega. Em muitos aspectos os gregos formataram a nossa imagem de “mundo ocidental” e, na especificidade das artes, nosso primeiro entendimento do que vem a ser clássico1. Este termo, que tantas vezes será utilizado no transcorrer neste fascículo, define toda a obra de arte que mantém semelhanças com a arte grega (e romana, como veremos depois) e, ao mesmo tempo, uma harmonia absoluta pelo emprego da proporção e do equilíbrio (Summerson, 1999). Este conceito de clássico nós voltaremos a ver no em diversos momentos da História da Arte, no estilo Carolíngio na Idade Média e em todo o Renascimento; em alguns aspectos do Barroco e plenamente no Neoclassicismo; na arquitetura do Ecletismo e ainda hoje em diversas construções que almejam expressar certo requinte ou poder econômico. Portanto, estudar a arte grega possibilita compreender melhor os estilos artísticos influenciados por ela.
Podemos dividir a história deste povo, em quatro momentos básicos:
Os primórdios da civilização grega encontram-se entre os séculos XII e VIII a.C., sendo que em aproximadamente 1.000 a.C tribos guerreiras vindas da Europa introduzem os princípios dóricos. É uma arte bastante rudimentar em seu princípio, mas que se desenvolve para uma interessante geometrização. São deste período, também, os templos de madeira, dos quais não sobraram vestígios, porém foram determinantes para arquitetura posterior.
O Período Arcaico vigora do séc. VII até c. de 480 a.C., onde assistimos à eclosão da genialidade artística grega em todas as formas de expressão (Janson, 1992).
O séc. V é o período da plena democracia e para a cultura é conhecido como Clássico (agora, como denominação específica de uma época e não o termo genérico analisado acima). É forte a correlação entre a