Arte moderna
Cada vez mais imigrantes principalmente italianos chegavam ao país como mão de obra barata e havia, ainda, a necessidade de produzir no país produtos que antes eram importados (uma consequência da Primeira Guerra Mundial). São Paulo tornou-se, deste modo, símbolo de trabalho e modernização.
Com grande concentração das lavouras de café, o estado de São Paulo era importante no panorama econômico e cultural, enquanto o Rio de Janeiro, capital federal, mantinha sua importância política.
A sociedade paulistana tornou-se, então, uma nova burguesia: o capital da aristocracia rural cafeeira unia-se ao trabalho de imigrantes bem sucedidos e enriquecidos pelo comércio
A Semana de Arte Moderna, também chamada de Semana de 22, ocorreu em São Paulo no ano de 1922, nos dias 13 a 17 de fevereiro, no Teatro Municipal da cidade.
Apesar do designativo "semana", o evento ocorreu em três dias. Cada dia da semana trabalhou um aspecto cultural: pintura e escultura, poesia, literatura e música. O evento marcou o início do modernismo no Brasil e tornou-se referência cultural do século XX.
O presidente do estado de São Paulo à época, Washington Luís, apoiou o movimento, especialmente por meio de René Thiollier, que solicitou patrocínio para trazer os artistas do Rio de Janeiro Plínio Salgado e Menotti Del Pichia, membros de seu partido, o Partido Republicano Paulista.
A Semana de Arte Moderna representou uma verdadeira renovação de linguagem, na busca de experimentação, na liberdade criadora da ruptura com o passado e até corporal, pois a arte passou então da vanguarda, para o modernismo. O evento marcou época ao apresentar novas idéias e conceitos artísticos, como a poesia através da declamação, que antes era só escrita; a música por meio de concertos, que antes só havia cantores sem acompanhamento de orquestras sinfônicas; e a arte plástica