Arte gótica
A arte medieval, para muitos, é sinônimo de arte gótica. Este entendimento é em parte justificável pelo fato da arte gótica ser a mais esplendorosa da idade média.
O surgimento do gótico ocorreu entre os anos de 1137 e 1144 na França, com a reedificação, dirigida por abade Suger, da abadia real de Saint-Denis. Apesar de Surger ser considerado o marco inicial do gótico, ele próprio não tinha consciência de que estaria criando um novo estilo. A reforma de Saint-Denis é considerada uma forma transitória entre o estilo românico e o gótico. Os elementos inovadores que foram trazidos que deram a grande base para que o gótico ganhasse força como movimento artístico medieval.
A novidade surgida com o gótico foi à importância dada ao traçado rigorosamente geométrico e a busca da luminosidade. O equilíbrio entre esses dois elementos seria a fonte de toda a beleza, pois exemplificava as leis segundo as quais a razão divina construiu o universo: a “miraculosa” luz inundando a capela-mor através das sagradas janelas torna-se a luz Divina, uma relação mística do espirito de Deus.
A catedral tornou-se o centro da cidade, sendo a maior parte de suas atividades realizadas junto às paredes do edifício religioso ou no seu adro. Cada corporação da cidade contribuía para a sua execução. As diferentes Guildas poderiam, por exemplo, oferecer vitrais ou financiar a construção de uma capela. Habitantes da cidade atrelavam-se às carroças para transportar a pedra para o local da obra, contribuição pessoal animada tanto pelo entusiasmo religioso como pelo orgulho cívico, pois a rivalidade entre as cidades era então intensa. As catedrais representavam também um orgulho burguês, pois ela representava o símbolo da riqueza de toda a aglomeração urbana. Burgueses foram grandes colaboradores da construção, investindo imensos capitais.
Mesmo se tomarmos em linha de conta a importância do papel desempenhado pelo mundo profano na construção das catedrais góticas, não podemos minimizar