Arte, cultura e linguagem
DISCIPLINA – ARTE, CULTURA E LINGUAGEM
PROFª. Ms. ELIZETE AIKAWA PADILHA
Itaquaquecetuba – S.P
2011
ARTE, CULTURA E LINGUAGEM
1. O QUE É ARTE AFINAL?
A arte nos faz empregar nossas mais sutis formas de percepção e contribui para o desenvolvimento de algumas de nossas mais complexas habilidades cognitivas (ELLIOT EISNER).
Quem decide o que é ou não arte? Às vezes, o público surpreende-se ao encontrar em um museu objetos que não supunha que fosse arte. Por exemplo: cartazes publicitários, histórias em quadrinhos, peças antigas, etc. Para Jorge Coli (2002), definir arte é difícil. No entanto sabemos que a Mona Lisa, a Divina Comédia ou a Nona Sinfonia de Beethovem são obras de arte. Mesmo sem possuir uma definição clara do conceito, podemos dizer que:
(...) arte são certas manifestações da atividade humana diante das quais nosso sentimento é de admiração...Portanto, podemos ficar tranqüilos: se não conseguimos saber o que a arte é, pelo menos sabemos quais coisas correspondem a essa idéia e como devemos nos comportar diante delas (COLI, 2002, p.8)
O que pensar, quando localizamos, em uma edição luxuosa das obras de Marcel Duchamp, a foto de um vaso sanitário? Esse objeto não corresponde exatamente à idéia da arte que muitos concebem.
Duchamp nos mostrou que todas as artes, nascem e terminam em uma zona invisível, sem excluir a dos olhos. Enquanto Picasso transformou tudo em arte, Duchamp, sem transformar nada, fez com que tudo pudesse ser arte.
A sua presença na história da arte moderna amplia os territórios e a natureza do fenômeno artístico. O desvio de Duchamp é em direção à origem, na qual as formas são indiferenciadas e o que importa é a invenção de novos sentidos para o mundo. Sua obra transita na linha abissal e milimétrica que separa a banalidade da transcendência, o visível do invisível. Na verdade, ela não está nos museus, mas sim